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Aqui, algumas matérias saídas em JornaisRevistas com notícias sobre a participação de Vasco Cavalcante na literatura e arte em geral. 

IM PREN SA

Matéria publicada no jornal Diário do Pará, no dia 14/09/2017, sobre o lançamento de seu livro "Reverso dos dias", na FOX Livraria em Belém do Pará.

Matéria do jornal "Diário do Pará"

O REVERSO DOS DIAS 
 

O poeta Vasco Cavalcante lança 
seu segundo livro pela editora 
paulista Patuá, na livraria da FOX.

 

Nascido em Belém do Pará, Vasco Cavalcante foi um dos fundadores do grupo de poesia alternativa "Fundo de Gaveta", que marcou a cena literária da cidade no início dos anos 1980. Têm poemas publicados nas revistas literárias virtuais "Mallarmargens", "Escamandro", "Poesia Avulsa", Literatura.br" e em várias edições da revista literária "Polichinello". Em 2012, participou de uma plaquete de poemas, com outros 12 poetas contemporâneos brasileiros, lançada pelo Centro Cultural de São Paulo. E em 2015 publicou pela Editora Patuá, de São Paulo, seu primeiro livro de poemas: "Sob Silêncio".

Ainda assim, só agora, lançando "O Reverso dos Dias", seu segundo livro de poemas, Vasco Cavalcante afirma conseguir aceitar melhor o título de poeta. “Seria estranho escrever um segundo livro, com poemas, e não ser poeta", diz ele, com bom humor. A obra será lançada hoje, às 18h, na Livraria da Fox, em sessão de autógrafos aberta ao público.

No livro, estão presentes cerca de 60 poemas que dão continuidade ao trabalho poético que Vasco realiza desde os tempos do "Fundo de Gaveta". O prefácio é do poeta João de Jesus Paes Loureiro e o posfácio do crítico literário e também poeta Jorge Henrique Bastos.

Vasco conta que sua produção literária sempre foi sazonal, por isso não conseguia se considerar poeta "Eu passei muito tempo apenas brincando, refazendo, adoro refazer poemas. O Max [Martins] dizia que um poema só terminava quando era publicado, antes era uma eterna mutação. Foi em 2013 que pensei submeter uma proposta de publicação em um edital do IAP [hoje Casa das Artes] porque pensei: poxa, está passando o tempo e não vou deixar nada registrado". Mas ele conta que acabou desistindo naquele ano e adiando até a publicação de "Sob Silêncio".

Ele conta que o próprio Fundo de Gaveta não tinha como única meta lançar livros, mas ser um grupo de discussão, leitura e troca com outros interessados em poesia. "Aprendemos muito com isso", diz ele.

E apesar dos muitos anos sem publicar, ele afirma que poeta nasce poeta, "Ele não tem opção. Até o não querer ser é doloroso porque o poema vai entrando. Ele pode chegar jogando uma palavra, alguns elos e vai se manifestando. Depois vem o uso racional das palavras, entra o trabalho árduo de descobrir a minha voz, minha expressão, minha forma de fazer poema", explica.
 

DESIGNER DE POEMAS

"uma palavra, um cepo oco/ invento sob sua luz, um presságio/ abstraio sua cerne, seu lúmen/cravo em sua encosta/um poema".

Além do trabalho árduo com as palavras, Vasco afirma ser muito perfeccionista com o espaço ocupado pelas palavras sobre o papel, o que ocorre em seus dois livros, em poemas como o citado acima e presente em "Reverso dos Dias", sem título. "Trabalho muito o visual da página. Na minha leitura silenciosa vou trabalhando, acho que ali cabe uma oxítona, aqui uma sílaba só, outra afastada da margem. Não sei se porque sou designer, mas me preocupo com a respiração, o uso de frases soltas, a posição do poema. Sempre procuro fazer meus poemas para caberem em uma página apenas", conta.

Em "Reverso dos Dias" a única exceção é um poema que em seu corpo só possui a palavra "segredo" em dois momentos. A solução para o poeta detalhista foi dividir o poema da forma que a dita palavra ocupasse o início de cada página. "Assim o leitor compreende que ainda se trata do mesmo poema. Outro detalhe é que não dou título aos meus poemas. Às vezes eles começam com uma única palavra, solta, mas não é título. Essa é também uma forma de dar liberdade ao leitor, assim como às vezes prefiro retirar uma vírgula e deixar que ele a coloque ali ou não."

Com a mesma abertura, Vasco receberá a todos no lançamento do livro, hoje, às 18h, na Livraria da Fox.

Lais Azevedo em "Diário do Pará"

Matéria publicada no jornal O Liberal, no dia 07/05/2015, sobre o lançamento de seu livro "Sob Silêncio", na FOX Livraria, em Belém do Pará.

Matéria do jornal "O Liberal"

POESIA E SILÊNCIO 


Vasco Cavalcante lança hoje o seu primeiro livro de poemas, fechando um ciclo de mais de 30 anos de produção poética.

Por Vicente Cecim

O livro de poemas “Sob Silêncio”, de Vasco Cavalcante, publicado pela Editora Patuá, de São Paulo, será lançado hoje (7), a partir das 18h30, na Fox Vídeo Livraria. O livro, com prefácio de Paulo Nunes e posfácio de Antonio Moura, é o primeiro publicado por Vasco e condensa parte da sua obra, fechando um ciclo de mais de 30 anos de poesia.

Mas o fato de ser o primeiro, após tantos anos, não significa que será o ultimo, garante ele, que diz seguir um “ensinamento maravilhoso, apreendido após ouvir o grande poeta Max Martins dizer que ‘um poema só termina quando é publicado, antes disso está em constante transformação’”. Indagado sobre quando começou a escrever, Vasco brinca: ”Já escrevia quando ainda habitava a barriga da minha mãe.”

Depois, falando sério, acrescenta: “Nas minhas divagações, essa pergunta sempre me trouxe incertezas. Mas o homem vive de incertezas, suposições e descobertas, para mais incertezas ainda, e isso me apraz. Talvez quando eu aprendi a escrever o que mais me encantou foi o fato de poder me expressar também em forma escrita, e com o tempo fui descobrindo que essa forma era a que mais tinha coerência.”

A propósito da publicação do seu primeiro livro, ele recorda suas antigas lutas para publicar poemas em Belém: “Participei, no início dos anos 1980, do grupo de poesia alternativa ‘Fundo de Gaveta’. Nosso grupo, devido à dificuldade na época de se editar e publicar, transformava envelopes comerciais em livro, interferindo com ilustrações na parte externa dos envelopes e alocando poemas soltos dentro para comercialização em bares, praças e eventos culturais.” Mas, no seu caso, revela, a dificuldade de editar não foi o único motivo de seu primeiro livro só ter saído agora: “Vem aí talvez uma estranha forma de amar a poesia. Sempre gostei do jogo, de brincar com as palavras, de ficar mexendo e descobrindo novas formas de expressar a minha visão das coisas, do mundo e da vida. Fechar o exercício da transformação poética, era como tirar um brinquedo das mãos de um menino. A velha história trazida por Heráclito de que toda vez que vemos um mesmo rio o vemos de forma diferente. Isso para mim era o mais fascinante. Sempre tive um monte de escritas, rabiscos e poemas inacabados e que talvez jamais os termine, porque o lúdico é o que me impulsiona.”

Ele cita suas maiores influências: “Drummond, Ana Cristina Cesar, Ferreira Gullar, os irmãos Campos, na poesia concreta, Fernando Pessoa, Maiakovski, Paul Celan, Octávio Paz, Ungaretti, Ezra Pound, e.e. cummings, Khlebnikov, Akhmátova, Alejandra Pizarnik, Herberto Helder.” E faz questão de destacar a que talvez seja a maior de toda: a do poeta paraense Max Martins, que conheceu quando morava na Vila do Iapi e era seu vizinho.

O título “Sob Silêncio”, ele diz que nasceu de um pequeno poema: “Sobre o silêncio, não há nada. / À luz de um poema, / sob silêncio / mu(n)do”. E esclarece: “O título do livro significa estar em uma condição para a manifestação da escrita poética. O Silêncio a que me refiro é de dentro, é estar em estado de se abstrair da realidade do mundo para a contemplação e descoberta da voz interior, para o devir do fazer poético.”

Paraense, de Belém, Vasco Cavalcante foi um dos fundadores do grupo de poesia alternativa Fundo de Gaveta, que se manteve ativo entre os anos 1981 e 1983, do qual também participavam Celso Eluan, Jorge Eiró, William Silva, Yru Bezerra e Zé Minino. O primeiro livro publicado após o Fundo de Gaveta, em 1985, selecionado por edital da Secretaria Municipal de Cultura (Semec), foi “Poesias: Coletiva”, do qual participaram os poetas Jorge Henrique Bastos, Reivaldo Vinas e Zé Minino.  Individualmente, após a extinção do grupo, Vasco Cavalcante prosseguiu seu caminho na poesia. Tem poemas na revista virtual “ZUNÁI” e outros poemas na revista impressa “Polichinello”.

 

Em 2012, foi convidado a participar da plaquete de poemas “Desvio para o vermelho: treze poetas brasileiros contemporâneos”, organizada por Marcele Becker, lançada pelo Centro Cultural de São Paulo (CCSP). Este ano, Vasco já havia organizado e lançado a plaquete “30 poetas | 30 poemas”, em comemoração aos 18 anos do site Cultura Pará, que mantém há muitos anos, com a participação dos poetas que participam projeto. “Sob Silêncio”, publicado pela Editora Patuá, de São Paulo, é o seu primeiro de poemas.

Matéria publicada no jornal Diário do Pará, no dia 14/09/2017, sobre o lançamento de seu livro "Reverso dos dias", na FOX Livraria em Belém do Pará.

NAS PRATELEIRAS, SEM TIMIDEZ

Vasco Cavalcante tira escritos do
fundo da gaveta e prepara primeiro
livro de poesias.

Matéria do jornal Diário do Pará, Caderno Você

Por Lais Azevedo

Os pensamentos e reflexões de três décadas reunidos em um livro de poemas. Este é o novo projeto do paraense Vasco Cavalcante, intitulado “Sob Silêncio”, e que tem previsão de lançamento para setembro deste ano. O prefácio já pronto é de Paulo Nunes, abrindo caminho e nos convidando a participar das reflexões do autor, que mesmo com tantos poemas publicados e elogiados, ainda sentia receio em ser chamado de poeta. A ele faltava uma obra exclusivamente sua, declara.

Designer gráfico e webdesigner, responsável pelo site “Cultura Pará”, Vasco tem uma relação bem mais antiga com a literatura. Surgiu ainda no início da década de 1980, com o projeto “Fundo de Gaveta”, que reunia jovens apaixonados pela poesia e que a praticavam como um hobbie. Além de Vasco, participavam do coletivo William Silva, Celso Eluan, Jorge Eiró, Iru Bezerra e Zé Minino.

Depois que passou o período do ‘Fundo de Gaveta’, nós seguimos com nossas vidas e cada um ficou de certa forma escrevendo. Mas nunca achei que eu fosse poeta, sempre preferi me ver como alguém apaixonado pela poesia, pela escrita, e nada mais. Também sempre tive uma coisa de perfeccionismo, nunca achava que meus poemas estavam completos, sempre ficava burilando uma coisa aqui, outra ali”, conta Vasco.

Os poemas tantas vezes revistos não lhe pareciam nunca prontos para os olhos atentos de leitores, então enrolava, “dizia que não sabia se queria lançar, gosto de ficar brincando, de reinventar os poemas”, declarava ele diante da insistência dos amigos para que publicasse uma obra. Um destes apresentou ao poeta uma editora alternativa, a Patuá, de São Paulo, e ele gostou do que viu.

Algumas pessoas que já passaram por lá ‘meteram corda’ em mim. Então juntei meus poemas e mandei para lá”, conta. A editora recebe uma media de 100 livros por mês para avaliar e o prazo para respostas é de seis meses. Com um mês, o poeta recebeu a resposta. “Disseram que estava aprovado, estava legal e queriam lançar, e perguntaram se estava bom em setembro”, conta ele, com alegria e orgulho.

O autor reuniu cerca de 40 poemas escritos desde o tempo do “Fundo de Gaveta”. Dentre eles, cinco poemas a que deu o nome “Nicho”: “Eles são poemas de 1985, bem antigos, e nos quais dei uma mexidinha. Mesmo sem serem os originais, não podia deixá-los de fora, pois minha relação com eles é muito forte”, revela.

Sobre o que move sua escrita? “Meus poemas tem um cunho existencialista, falam de tempo, reflexão. São poucos que envolvem amor a uma mulher. Tem um recente que dedico à fotógrafa Evna Moura. Ela fez uma postagem na internet de uma foto que tinha um sinal na pele circulado com uma caneta e viajei nessa imagem. O que serão esses sinais? Se a gente pudesse ligá-los, nos levariam a algo?”.

Sobre a colaboração do amigo Paulo Nunes apresentando o livro, Vasco comenta: “Ficou maravilhoso, me encantou muito a reflexão dele sobre o livro. Se outra pessoa fizesse o prefácio, não teria sido com tanta sinceridade e tão certo. Com o apoio dos amigos, logo estaremos lançando o livro aqui em Belém”, afirma ele, satisfeito.

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